Software de fotogrametria: Exploração das tendências actuais e futuras

O quadricóptero multirotor estableceu-se como o padrão standard na indústria de drones

graças à sua operatividade simples, redução de componentes mecânicos e a sua ampla aceitação social. Estes dispositivos, que se destacam pelo seu design compacto e sistemas avançados de sensores, tornaram-se numa ferramenta essencial no trabalho de campo, ao ponto de ser mais um elemento na caixa de ferramentas. Os progressos tecnológicos não só reduziram o seu tamanho, como também melhoraram a autonomia de voo dos modelos maiores, permitindo transportar cargas mais pesadas e alcançar tempos de voo até uma hora para certos modelos eléctricos, com os mais volumosos durando entre 40 e 45 minutos no ar.

As plataformas VTOL, que permitem uma decolagem e aterragem vertical, optimizam tanto a distância do voo como a carga que podem transportar

São ideais quando se procura ampliar o alcance operativo. A fusão da simplicidade dos aviões tradicionais com a versatilidade dos multi-rotores resulta nas plataformas inovadoras VTOL. Estas aeronaves oferecem a durabilidade em voo dos aviões de asa fixa e a conveniência de decolagem e aterragem vertical própria dos multi-rotores. Por exemplo, o WingtraOne Gen II inicia o seu voo verticalmente e, depois de atingir a altura necessária, ele reorienta horizontalmente. A flexibilidade das plataformas VTOL é muito apreciada pelos utilizadores, já que permite operações aéreas em áreas inacessíveis para a aviação standard.

A evolução dos sensores supera em muito a dos veículos em termos de velocidade

Anteriormente, 12 megapíxels eram o standard em tamanho de imagem; porém, na actualidade, 20 megapíxels são o padrão mínimo para a maioria de aplicações. Os dispositivos mais avançados incorporam sensores RGB que alcançam os 40, 60 e até 100 megapíxels, facilitando rotas de voo mais optimizadas. Com estes sensores, os drones podem voar a maior altura e distância do objectivo sem sacrificar resolução ou GSD, resultando num menor número de linhas de voo e uma redução na quantidade de imagens necessárias.

Os sensores multiespectrais e de alta resolução comparados com os RGB, estão a avançar no seu desenvolvimento

No entanto, a sua integração no mercado não é tão rápida como se esperava. Isto deve-se em parte, ao facto de exigir uma calibração manual adicional, um processo que actualmente limita o seu uso principalmente no âmbito agrícola, onde já é uma prática comum. Além disso, a disponibilidade de sistemas multiespectrais prontos a usar em veículos aéreos ainda é limitada. Apesar da quantidade destes sistemas estar a aumentar, o crescimento é mais gradual de que o previsto.

A adopção da tecnologia LIDAR está a ganhar terreno rápidamente.

Desde a sua introdução, as empresas estiveram a integrar LIDAR em drones, superando obstáculos como o peso dos sensores e a exactitude das unidades de medição inercial. Estas barreiras foram superadas, permitindo que os lasers atravessem a vegetação e criem modelos digitais da superfície com alta precisão. No entanto, isso traz o desafio de processar com eficiência os volumosos dados da nuvem de pontos. O progresso no sentido da gestão eficaz destes dados é o próximo horizonte a conquistar, reflectindo a evolução do mapeamento aéreo, que fez a transição da fotografia para a tecnologia LIDAR num período de tempo surpreendentemente curto.

O processamento de dados está a migrar para a cloud

Com o crescimento dos sensores e a sua capacidade para capturar mais informação, os conjuntos de dados digitais expandiram em tamanho. Tradicionalmente, estes conjuntos de dados eram processados em computadores de escritório, mas agora cada vez mais estão a adaptar o processamento em cloud. Embora o processamento local continue a ser crucial para decisões rápidas no terreno, os dados brutos estão a transitar para cloud para uma análise mais detalhada e para manusear volumes de dados maiores. A cloud oferece a vantagem de escalar o processamento conforme seja necessário e integrar com os fluxos de trabalho empresariais.

Em situações de emergência, como desastres naturais, os drones frequentemente recolhem dados primeiro. Na ausência de uma ligação à Internet, o processamento local proporciona informação vital para a resposta imediata. Posteriormente, uma vez que se establece a ligação, os dados são adicionados e processados na cloud, permitindo aos interessados examinar conjuntos de dados mais amplos directamente online, sem a necessidade de transferências físicas entre dispositivos.

Full motion video (FMV) é cada vez mais acessível

A transformação de imagens brutas em conjuntos de dados bidimensionais e tridimensionais é um processo que requer tempo, embora o que é verdadeiramente revolucionário seja a capacidade de analisar esses dados quase instantaneamente. A tecnologia FMV, inicialmente desenvolvida por forças militares para vídeos melhorados com metadatos de gimbals de alta gama, está-se a tornar mais acessível e barata à medida que o preço desses dispositivos diminui. Com um conjunto de sensores compatível com FMV, como o vector de Quantum-Systems, é possível transmitir FMV ao vivo em plataformas SIG como ArcGIS Pro. Com drones económicos que suportam a aplicação Site Scan Flight para ArcGIS da Esri, podem importar e reproduzir vídeos enriquecidos directamente do drone onde basta arrastar e soltar.

Com o crescente volume de dados recompilados por drones, é crucial utilizar técnicas automáticas para descobrir benefícios e desafios. O êxito depende de contar com dados adequados, entradas de alta definição e capacidade de processamento avançada. Estes factores estão em constante melhoria devido às actuais tendências em hardware e software. A inteligência artificial tem a capacidade de utilizar tanto imagens e vídeos directamente dos drones como de oferecer resultados em formatos 2D e 3D gerados por motores de processamento.

Podemos automatizar a gestão de frotas com drones

Com a integração dos drones nas operações comerciais diárias, Seu manuseamento é semelhante ao de computadores ou dispositivos IoT, assim como ao dos veículos, cumprindo com regulações, manutenção e monitorização de trajectórias. Várias soluções existem para o seguimento de voos de drones, porém, as mais avançadas registam os dados de voo de forma automática, facilitando o trabalho dos operadores. A Airspace Link é uma empresa que simplifica este procedimento, enviando solicitações directamente à FAA como um fornecedor autorizado do sistema LAANC. Utilizando a aplicação Site Scan Flight da Esri, os utilizadores com uma conta gratuita da Airspace Link podem fácilmente solicitar a autorização necessária. O software DJI FlightHub 2 é uma solução integral para a gestão de operações com drones, oferecendo uma plataforma baseada em cloud acessível a partir de diversos dispositivos.

Site Scan para ArcGIS. Software para cartografia com drone em cloud

O Site Scan para ArcGIS está desenhado para revolucionar a recompilação, o processamento e análise de dados de imagens de drones. Permite aos utilizadores manter um registo completo do seu inventário de drones e historial de voos, facilitando a gestão de frotas e melhorando os resultados de diversos projectos como a inspecção de infraestruturas e a monitorização de construções.

ArcGIS Drone2Map. Aplicação de fotogrametria com drone ESRI

Explore as capacidades do seu drone com ArcGIS Drone2Map. Transforme as fotografias tiradas pelo seu drone em ortomosaicos detalhados, modelos 3D e outros produtos em ArcGIS rápidamente, numa questão de minutos.