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Conservação do património BLK360: Representação arquitectónica

19/jul./2022 10:06

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A tecnologia de scanner a laser do novo BLK360 permite preservar estruturas arqueológicas graças ao nível de detalhe da digitalização, com um impacto mínimo e a uma velocidade de captação nunca antes vista.

Conservação do património BLK360: Desde as ilhas mais setentrionais do Mar do Norte às mais remotas do Mediterrâneo numa espécie de “grand tour” de digitalização laser, desde os assentamentos neolíticos de Orkney às fortalezas medievais das montanhas de Occitania, do robusto nuraghe da Idade do Bronze da Sardanha até aos misteriosos templos megalíticos de Malta; Elias Logan com o scanner examinaram em quatro meses o continente europeu.

Um último conjunto de estruturas de pedra esperava enquanto se aventurava no baixo brilho de inverno do sol da Toscana para descobrir os restos, muitas vezes ignorados, da civilização etrusca em Itália. Num passeio pelos olivais e na subida de um monte vulcânico para documentar as evidências desta impressionante cultura, antes de uma adequada coda entre os marcos mais representados de Roma e Florença.

 

BLK360 explora restos etruscos

Muitas vezes ofuscados pelas contribuições culturais dos seus predecessores, os antigos gregos e romanos, os etruscos mereciam uma descrição além de uma mera ponte entre essas fontes metafóricas (ou, mais literalmente, companheiros). Dizer que a cultura etrusca existiu entre aproximadamente 900 e 90 a.C., desenvolvendo uma religião politeísta, avançando nas artes, incluindo escultura e metalurgia, e deixando numerosas – ainda que muito breves – inscrições.

Dada a falta de compreensão da língua, a arquitectura ganha maior importância. As estruturas para os mortos costumam ser as mais duráveis e ilustrativas das capacidades e costumes de uma sociedade. Os etruscos, especialmente conhecidos pelos seus hipogeos decorados (câmaras funerárias subterrâneas), necrópoles (complexos de mausoléus) e túmulos, não são uma excepção.

 

 

Se bem quando o BLK e eu chegámos à estrutura era pouco mais que um pódio parcialmente rodeado por uma calçada moderna, que na sua época, partilhou muitos dos atributos estilísticos clássicos – senão a escala monumental – do posterior Partenón. O scanner BLK360, uma estrutura híbrida de madeira e toba, captou os degraus, o pórtico, os tocos das colunas e o sinal das suas três câmaras da “cella”. As reconstruções suspeitam que o conjunto foi coroado por um frontão triangular e um telhado de telhas que não difere da forma habitual dos templos gregos e romanos.

 

 

Sob o domínio romano

O BLK e a ferramenta de medição, Register 360, são úteis para compreender estas regras e as suas origens. Por exemplo, investigando as afirmações de George Dennis, quem, na sua obra de 1848 The Cities and Cemeteries of Etruria, assinala que a Tanella di Pitagora se ajusta aos múltiplos da unidade de longitude toscana, o braccio (traduzido como “braço”). Eu mesmo ao medir, encontrei dimensões que se ajustam ainda mais ao pé romano, que como assinala Dennis, é aproximadamente o dobro do braço.

 

 

Conservação do património BLK360: Esta descoberta não é surpreendente, considerando os conhecidos cruzamentos culturais entre a antiga Etruria e o Império Romano. Encontrei mais evidências dessa polinização intelectual nas proporções precisamente partilhadas da Tanella etrusca e do Templo Romano de Diana, anteriormente explorado em Nîmes, França. Embora este último, construído no século I d.C., partilhe a pegada do Tanella de uma única sala rectangular com nichos, e a sua maior escala deve-se a uma verdadeira abóbada de berço, em lugar de um simples vão feito para parecer uma.

Conservação do património BLK360: Perspectiva, projecção e, agora, nuvens de pontos

Sem trivializar o conteúdo que o BLK e eu temos captado durante os últimos 4 meses, foi ao mesmo tempo uma análise do acto de representação arquitectónica o que motivou a nossa exploração. Por isso, foi apropriado que a conclusão geográfica do estúdio coincidisse com o local que deu origem à sua restrição temporária. A nossa última paragem foi Florença, onde foi produzida uma revolução na metodologia de representação no alvorecer da mudança cultural conhecida como o Renascimento.

O arquitecto… obtém a projecção da planta. A disposição e a imagem da fachada e dos alçados laterais (mostradas em folhas diferentes) com linhas fixas e ângulos verdadeiros como alguém que não finge que seus planos são vistos como aparecem à vista, mas sim em medidas concretas e consistentes.

Fonte: Blog BLK360.com